quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Estágios de Adoecimento no Alzheimer




Por Rosangela Vecchi Bittar CRT 42435.
Especialista em Terapia Floral pela UFPE

Em artigo anterior O que é Alzheimer? descrevemos a doença e conforme prometido estou especificando de forma sucinta as três progressivas da doença. O objetivo é esclarecer já que se fala tanto no Alzheimer e é uma doença que tem crescido grandemente no Brasil e no Mundo à medida que a população envelhece.

No entanto, existem casos da doença como o que foi veiculado recentemente na mídia referente a caso de mulher australiana de 31 anos com caso raro da doença que não reconhece a própria filha recém-nascida.

Fase 1 Estágio Inicial
Esta fase é negligenciada por se achar que se trata de processo normal de envelhecimento, no entanto, vemos que o DA (doença de Alzheimer) apresenta inicialmente, dificuldades com relação à memória referente aos fatos atuais, desorientação de tempo e espaço (exemplo: não sabe onde está não consegue retornar para casa, coloca objetos em locais inadequados) dificuldade de tomar decisões, perde motivação e iniciativa, dificuldade nas tarefas de seu cotidiano, sinais de depressão. Vai tornando-se dependente silenciosamente de um cuidador.

Na maioria das vezes a doença é desenvolvida após algum fato ou acontecimento que ela interpretou negativamente e perturbou o equilíbrio emocional do paciente.
Nos casos estudados por mim averigüei casos com: morte de uma filha, morte da mãe, casamento do filho predileto, perda financeira, separação, etc.

Fase 2 Intermediária
Com a progressão da doença as limitações ficam mais evidentes. As dificuldades diárias aumentam; necessita de auxílio para a higiene pessoal (às vezes passa a não querer tomar banho, etc.), fica agitado, dependendo da personalidade pode ficar agressivo fisicamente e verbalmente; tem delírios (pensam estar sendo roubados, traídos); apatia; depressão; mudanças bruscas de humor podem acontecer; podem acontecer fatos como se despir em público; indiscrições sexuais; dificuldade motora; dificuldade em se comunicar verbalmente; problemas de escrita e memória se agravam dificuldade em reconhecer as pessoas e parentes.

Fase 3 Avançada
Dependência severa ou total; aspecto físico da doença se torna evidente; precisam de que alguém os alimente, dificuldade de deglutição; dificuldade extrema de se locomover até a imobilidade; não reconhece os familiares, amigos e objetos; dificuldade em de entendimento; algumas agressividade e agitação. Até entrar em estado vegetativo.

Mesmo nas fases severas tenho observado declarações de cuidadores onde alguns pacientes embora estejam a maior parte do tempo, alheios ao que acontece a sua volta, apresentam pequeno momento de lucidez onde dão resposta sobre o assunto que está sendo falado com coerência e depois voltam para o seu mundo abstraído de tudo e todos. Também uma neta/cuidadora de paciente no estágio 3 (a paciente que havia perdido a fala e a locomoção), menciona que em certos momentos sua avó chorava sem parar. A pessoa doente também pode tomar as essências florais a fim de tratar a depressão, apatia, o medo, os transtornos de humor, agressividade como prática complementar aos tratamentos propostos pela equipe multidisciplinar.

Portanto, não fale coisas negativas ou dolorosas perto do paciente em qualquer estágio da doença.

A pessoa com Alzheimer vai se distanciando da vida, da realidade, da família, e dependendo cada vez mais da sua família ou cuidador.

A família sofre muito, a pessoa designada como cuidador principal que toma as decisões e/ou cuida da pessoa pessoalmente sofre grandemente.

O cuidador familiar ou não precisa de se cuidar.

Em estudo elaborado em grupo de cuidadores da Associação Brasileira de Alzheimer
constatei que os cuidadores tem depressão, angústia, raiva, ressentimento, medo, muita preocupação, perdem a individualidade, cansados, estressados, e muitas vezes sentem culpa. Geralmente não encontram tempo para si, já que sua rotina é bastante “puxada”, decisões que precisam ser conciliadas e tomadas, existem alguns conflitos familiares a ser contornados, alguns familiares evitam o convívio com o paciente e por fim o financeiro: o custo de se manter uma pessoa doente com DA.

A Terapia Floral pode ajudar a pessoa e o cuidador, conforme Pesquisa realizada com grupo de Cuidadores, na cidade de Olinda, 2008 com o titulo: “Atuação da Terapia Floral (TF) no alívio da Sobrecarga Emocional do Cuidador da Pessoa com Doença de Alzheimer (DA)” com resultados extremamente positivos.

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